sexta-feira, outubro 22, 2004

Return from Eternity... Video Clip

Realmente a nível experimental já pouco falta para fazer. Aventurei-me juntamente com o Sérgio a fazer uma gravação dentro de casa com a finalidade de fazer um videoclip. Saiu pois para a música Return from Eternity com um ambiente calmo como a música obriga.
É uma boa experiência visto termos atingido um resultado final bastante animador, mas nada próximo daquilo a que espero atingir.
Este pequeno videoclip vai ser gravado juntamente com as faixas que irão compor o album Secrets mas espero dentro de algum tempo ter condições de gravar um clip mais complexo para a música The Shadows of Doom. Aqui sim testarei a 100% as nossas capacidades neste campo da imagem tendo por fundo uma música mais pesada o que implicará mais movimento de imagem e um diferente tratamento final do conjunto para que o tema seja bem transposto para o ecran.

terça-feira, outubro 19, 2004

Return from Eternity

Esta foi a música que quanto a mim recebeu o melhor tratamento sonoro e gozou da experiência por nós adquirida ao longo deste tempo de trabalho no projecto Secrets.
Com letra do Sérgio e música minha conseguimos um conjunto muito harmonioso onde o som está posso dizer perfeito tendo em conta os recursos utilizados.
Foi inserida neste projecto mas pertence a uma nova geração de músicas que pretendo prolongar para um novo album já em fase de estudo da minha parte... penso que ainda não comentei com mais ninguém, por isso fica uma surpresa para muito breve.
Mas antes de avançar com este novo projecto, conto terminar durante o Inverno o penoso caminho percorrido pelo Secrets e avançar para a fase final concluindo toda a gravação das restantes faixas do album até ao fim do ano. Espero que os planos sejam cumpridos para que nos possamos concentrar nesta nova fase e fazer um outro album que penso será mais maduro e mais bem conseguido.

Para muito breve então tenho o Secrets dos Unforgivable Treason em caixa com capa e desdobrável para distribuição pelos amigos.

U.T. em stereo!

Parece mesmo básico o termo stereo. Pensava até que apareceria sozinho aquele som espalhado no ambiente como que se os instrumentos automaticamente se colocassem nos seus sítios tal como num espectaculo ao vivo. Mais uma vez estava profundamente enganado. Um dos problemas do som "fanhoso" era mesmo esse. Os instrumentos atropelavam-se dentro das mesmas frequencias e nas mesmas "posições" auditivas. Quem prestar um pouco de atenção numa música qualquer que ouça no rádio ou a partir de um CD, vai notar de certeza que é criado um efeito de posicionamento tridimensional através do stereo. A voz que está no meio (à nossa frente), a guitarra ritmo que espalha para os lados em reverb (esquerdo e direito), o Baixo que está numa posição abaixo de nós e cria a base para todo o som, a bateria que tem de "bater no nariz" e que marca ritmo através dos dois canais simultâneamente. Não conseguia nada apesar de começar a compreender a essência do stereo.Tive felizmente a ajuda fundamental de Luis Barros, baterista dos Tarantula, que fomos visitar no seu estúdio em Valadares. Fico de boca aberta com a quantidade de instrumentos existentes naquele estudio. Tinham na altura acabado de editar o album DREAM MAKER pela AFM Records corria o ano de 2001. Com um extremo orgulho, o Luis colocou o CD a tocar naquele ambiente de sonho que é um estúdio de gravação com aquela dimensão e bom aspecto. Som de estúdio profissional não tem mesmo nada a ver com som de Home Studio improvisado! A potência da bateria e guitarras é gigantesca, a clareza e definição de sons é realmente inqualificável em qualidade... caiu-me tudo ali mesmo. Pedi conselhos ao Luis acerca de alguns truques ou dicas que poderia utilizar no nosso humilde projecto caseiro. Fiquei admirado mesmo com a prontidão e até entusiasmo com que ele me dizia como estavam feitas as faixas do CD deles. Dicas preciosas que guardarei para mim mas que valeram mesmo muito!!!No fim desta visita, pedi um CD ao Luis, que me ofereceu e que mantenho em minha casa para não esquecer que acima de tudo existe a simplicidade, e é esse o caminho a seguir.

Unforgivable Treason... o som.

Já começamos a ter faixas gravadas a partir deste momento para a frente. Começamos a juntarmo-nos aos Domingos e tanto o interesse como o entusiasmo não param de crescer. Um esboço muito mal feito mas uma luz ao fundo do tunel que seguimos trabalhando pelos nossos objectivos. Fiz uma primeira gravação de um CD para todos ouvirem e verem como eramos capazes com a música Reminds me of You. Novos obstaculos surgiram a partir daí. O som que saía das colunas não era mau... era inaudível. A voz não se entendia no meio das guitarras e da bateria, os sons saiam muito misturados, difusos e eram totalmente incompreensíveis. Aqui começam as minhas noites em claro a batalhar contra os truques e labirintos que algo que parece tão simples nos apresenta no momento em que temos uma música gravada. Fazer música não é fácil, gravar também não e produzir não fica atrás!As baterias teriam de ser todas refeitas com maior qualidade, tarefa essa que esteve desde o inicio entregue ao Sérgio e ao Nuno com a ajuda de software específico. Infelizmente ainda não tivemos condições de gravar as faixas de ritmo com uma bateria a sério!Eles fizeram o trabalho de forma a que na faixa quase fosse imperceptível tratar-se de bateria digital. Não é tarefa fácil mas foi conseguida quase totalmente. Nestas coisas notam-se sempre as diferenças entre o real e o digital.Entretanto eu em casa tratava de ir descobrindo o porquê daquele som imperceptível e tentava a todo o custo equalizar a música para que ficasse com a potência e equalização desejada. Posso dizer que só esta fase me tirou incontáveis noites de sono e que só após aproximadamente 7 meses é que consegui sacar algo mais dentro daquilo que imaginamos inicialmente fazer.O ruido de fundo foi outro dos inimigos. Músicas com guitarras acústicas e voz apresentam demasiados ruidos e esses teriam de ser eliminados também.Gravei vários CD's de teste para ir ouvindo em várias aparelhagens as diferenças relativas aos ajustes que ía fazendo nas músicas e após muitos desses testes conseguimos chegar a um compromisso de som. Esse compromisso tem a ver com o equipamento utilizado nas gravações e nas misturas das faixas. Apenas temos um PC com uma placa de som acima do normal mas muito longe de ser profissional. O compromisso é o de atingir o maior nível de clareza dos instrumentos e voz tendo a potência possível e bem necessária para o tipo de música que tocamos. Fizemos milagres... digo-o agora!

Unforgivable Treason... Secrets


Comecei sozinho a criar a imagem para a banda... saiu à primeira. Um logotipo totalmente desenhado por mim a ser publicado neste blog dentro de pouco tempo. Penso que será a melhor forma de descrever o tipo de música por nós tocado. O logotipo representa um utero no centro, a origem de todos nós. A partir desse centro "nasce" uma ponta para cada lado, completamente opostas mesmo no sentido que seguem, uma mais comprida que outra representando as várias atitudes que tomamos e as facetas que temos na nossa forma de ser. A cor de fogo no logotipo representa calor, energia, movimento. As letras Unforgivable muito ao estilo Metal representando a música com power característica e baseada em bandas de Heavy Metal. As letras Treason num tipo de letra mais moderno representando algo inovador. O nome repleto de significado para acompanhar no seu todo as letras em tom bastante realista que o Sérgio tão bem escreve.Apresentei este logo pela primeira vez ao Nuno, dentro de uma caixa de CD devidamente composta. A reacção não podia ter sido melhor. Avançamos a partir daí para o mais importante que eram as gravações do nosso primeiro album ao qual chamamos Secrets. Num primeiro passo começamos por fazer alguns testes com um equipamento de equalização e mesa de misturas que pedi emprestado a uns amigos. Em casa do Nuno começamos por tentar gravar algumas maquetes mas sem sucesso. O começo foi desastroso e não nos fez ganhar muita confiança para continuar. Era tudo tão novo e estavamos tão inconscientes daquilo em que nos tinhamos metido que tudo corria mal e não viamos muitas chances de melhorar.Acabamos por mudar de "instalações" começando a montar o nosso pequeno "home studio" em minha casa mesmo. Aí sim, no meu ambiente fizemos evoluções. Desisti completamente dos equalizadores e da mesa de misturas e começamos a gravar com ligação directa ao PC. Com ajuda do software certo conseguimos gravar umas primeiras músicas a titulo experimental. Tudo muito básico ainda, mas o primeiro passo estava decididamente tomado e até ultrapassado.

Unforgivable Treason... a criação.

Desde há muitos anos que o meu grupo de amigos se reunia para fazer umas músicas, tocar todos juntos grandes exitos de bandas mais ou menos conhecidas. Sempre tive um gosto especial em tocar U2 e ouvir o Sérgio a cantar com aquele sentimento que só ele transmite. Estavamos na época dos Nirvana. Comecei a tocar guitarra algum tempo antes e já ía com bastante atraso em relação ao Nuno e ao Sérgio que já tocavam há algum tempo. Comecei a aprender aos poucos e com alguma prática aprendi várias músicas dessa banda que acabou com a morte de Kurt Cubain. Faziamos sessões autênticamente loucas no Parque de S. Roque à mistura com umas garrafas bem cheias de vodka e outras bebidas brancas. Foi a fase em que faziamos tudo e mais alguma coisa para nos divertirmos e tocavamos horas a fio. Entretanto, numa pequena aparelhagem que tinha em casa fizemos as primeiras gravações. A banda chamava-se Tripla Efusão e a cassete foi inteiramente dedicada ao Ricardo, um amigo que há algum tempo deixou de conviver connosco. Eram básicamente músicas mordazes tendo por base as músicas mais pesadas dos Nirvana e dos Sex Pistols. É uma cassete que ainda guardo como recordação que ainda hoje ouço. Entretanto gravamos nova cassete com músicas, essas sim originais, mais calmas baseadas em guitarras acústicas e letras escritas pelo Sérgio. Eramos nesta altura os Fá-Que-Mi. Não nos passava pela cabeça sequer que um dia mais tarde iriamos fazer algo com mais seriedade e com maior qualidade. Passados muitos anos, uma noite no Barrigas onde nos juntavamos frequentemente, apresentei uma ideia original na mesa: "E se o pessoal se juntasse e gravassemos um CD?". Meios técnicos eu já os tinha com a ajuda do meu PC e imaginação para improvisar não me faltava na altura.A ideia, escusado será dizer, foi imediatamente aceite por todos com o maior dos entusiasmos. O primeiro passo foi a criação do nome para esta nova fase da banda. Cada um escreveu num papel a sua sugestão e a minha acabou por ficar como nosso emblema... Unforgivable Treason... uma traição imperdoável, um nome forte que acabou por ficar mesmo até hoje.A partir desse momento até à criação do logotipo e toda a imagem foi um pequeno passo. Dediquei-me à criação e uma imagem que teve mais uma vez um enorme sucesso entre os membros da banda, os meus amigos.

Abertura

Este blog já fazia aqui falta...
Escrevi ainda alguns titulos no meu Blog pessoal onde conto alguma da história da banda, mas começou a sentir um pouco de falta de ar devido à quantidade de informação que no fundo necessito de registar para que um dia mais tarde as recordações permaneçam claras e as lições tiradas nunca se esqueçam.

Seguem por isso algumas linhas que serão a cópia exacta do que escrevi há já algum tempo no meu blog e que serão a abertura perfeita deste novo Blog que aqui inicio.

Já agora, os Unforgivable Treason são:

Pedro Silva
Sérgio Moreira
Nuno Silva

Boa leitura.